--> É emocionante ver como um esporte pode movimentar uma cidade, um povo, uma torcida. Ver suas cores preferidas tremulando e o sorriso espontâneo em cada torcedor. Desde as crianças, meio sem entender, até os idosos. A alegria de quem está na fila à espera de entrar no estádio, ansioso pelos gritos de gol, pelos xingamentos ao adversário e pela alegria de um drible, de uma jogada ensaiada, de um chute do seu ídolo. É isso que ele quer: amor, paixão e sonho. É tudo muito louco, incompreensível, desde quando isso começa e como começa. No meu caso, mãe e irmãos coxas-branca. Morava ao lado do Couto Pereira. Mas, meu pai, mineiro, ex-cruzeirense, agora torcedor rubro-negro, ficava deitado na cama, todos os domingos, ouvindo pelo radinho as narrações do campeonato paranaense e, naquela época, da série B. Eu ficava ali, admirando, deitava do ladinho dele e torcia junto. Cheiro de cigarro com café com leite. Ali, começou tudo isso. Washington e Assis...