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Nos faltam ídolos.

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Torcer para a seleção brasileira sempre foi um evento que nos emocionava, unia as famílias e nos despertava orgulho. Sempre elegíamos nossos jogadores preferidos, nossos ídolos. Conhecíamos todos aqueles que nos representavam, sabíamos quem eles eram e da onde eles vinham. Na minha adolescência vibrava com o Zico. Tinha até um álbum onde colava as fotos dele que recortava de jornais e revistas. E nunca me esqueço a tristeza que foi perder para a Itália, com aquele time maravilhoso, cheio de craques que sabiam ser ídolos. Chorei muito ao lado da bandeira do Brasil estendida no chão da sala. Hoje, em compensação, não tenho a menor vontade de acompanhar essa seleção. Tem jogadores que a gente não conhece. Não tenho a menor ideia de quem seja Danilo, Fred, Emerson e outros. Confesso que prefiro mil vezes ver um jogo do Athletico do que ver a nossa seleção. Muito mais emoção. E quem são nossos ídolos hoje? Verdadeiros anti heróis. Neymar não me representa. Um jogador mimado que é mau exempl...

Um Pouco Mais de Azul

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Título: Um Pouco Mais de Azul Técnica: Acrílico sobre tela Tamanho: 120 x 120 Ano: 2021

As imagens ficam.

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  Porque fazer um ensaio fotográfico os 52 anos? Me questionava. Creio que pelo mesmo motivo que resolvi fazer a primeira tatuagem aos 50. Talvez um presente por chegar até aqui. Uma vontade de dizer aos preconceituosos que a idade pode estar nas rugas, na flacidez, nas celulites, mas não na alma, no espírito e nos sonhos. E o preconceito existe sim. Mulheres de 50 tornam-se invisíveis. Invisíveis no mercado de trabalho, invisíveis diante do padrão estético e invisíveis muitas vezes para si mesmas que esquecem dos seus propósitos. É uma maneira de dizer que estamos aqui, femininas, fortes e felizes. Mais que uma aceitação, uma quebra de paradigmas. Fiz um ensaio fotográfico quando engravidei, aos 29 anos. Sabia que seria a primeira e única gravidez e achei importante registrar minha bela condição. Agora, foi uma forma de alinhar o meu trabalho artístico a imagens que revelassem alguma indignação. Minhas pinturas falam muito sobre sexualidade feminina e o ensaio também foi uma forma...

Paradoxo

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  Título: Paradoxo Técnica: acrílica sobre tela Ano: 2020 Tamanho: 190 x 200cm  

Para todas as realizações há um tempo certo.

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  Cheguei esta semana aqui em João Pessoa com o objetivo de comemorar meu aniversário e quem sabe ficar aqui um período mais longo para estudar as possibilidades de me mudar logo para cá. Quem me conhece sabe que há algum tempo desejo muito vir para esta cidade linda que para mim é um lugar especial. Mas nem tudo é da maneira que a gente deseja e a vida vai nos colocando amarras que às vezes torna difícil de se libertar. Enfim, às vezes gostaria de ser inconsequente e agir seguindo só as emoções. Falei isso assim que cheguei aqui. A praia linda, o calor, a lua cheia, as pessoas amistosas, a comida deliciosa, uma vida mais simples, tudo isso me encanta e me inspira. Quero ficar aqui, não quero voltar!!! Voltar para a rotina, para as obrigações, para as atitudes que as pessoas esperam de mim. Essas emoções tomaram conta de mim, desde que pisei aqui. Esta já foi a terceira visita à cidade e desde a primeira já havia decidido que aqui é o meu lugar. Ontem, indo ao shopping, estacionamo...

A Publicidade em 30 anos. Do tempo das ideias para o mundo dos robôs.

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Desenho de Ulisses Teixeira feito para um cartão no meu aniversário Nestes últimos 30 anos, muitas foram as mudanças que a tecnologia trouxe para a Publicidade. Venho acompanhando tudo isso, desde os anos 90. Iniciei como Redatora em agências e tudo o que eu precisava era de uma máquina de escrever, papeis, canetas, errorex e ideias criativas. Ideias que saiam do papel para se tornarem peças gráficas nas mãos dos Diretores de Arte, vídeos ou spots nas mãos das produtoras. Diretores de Arte que iniciavam seus trabalhos com esboços feitos à mão e depois finalizam muitas vezes as ilustrações em aerógrafos. O caras tinham que ser bons mesmo. Não era tarefa pra qualquer um. Montagens com Letraset, depois o material ia para a confecção do fotolito antes da impressão. Aos poucos, tudo isso foi deixando de existir. Os clientes usavam a imaginação, acreditavam nas propostas visuais e esperavam semanas até tudo ficar pronto. Não existia esse "é pra ontem!". Não tinha c...

Não quero o normal, nem o novo normal.

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Quero a liberdade, a alegria e a originalidade.  Quero a beleza da expressão, a certeza de ser, de existir e evoluir.  Não quero o viver por viver, nem a indiferença, nem a rotina desnecessária.  Muito menos a falta de atenção e a incompreensão.  O tempo passou, o desejo, o interesse cessou.  As palavras não dizem mais nada. Agridem, machucam.  O que aconteceu com quem eu queria me tornar?  Nada normal, muito menos novo normal.  Eu caminhei  carregando o fardo da minha existência.  Pra onde?  As palavras se desencontram.  As mágoas emergem a todo instante, como memórias que rompem a linha tênue  da incompreensão.  Sou um ser desconectado dos meus desejos, num mundo paralelo que eu mesma  construí pra mim.  Quero a originalidade, quero a intensidade, o calor que só um abraço pode gerar.  Quero só a verdade de ser único.